28 de junho de 2012

Seguir em frente!

Rasgo
Em mil pedaços
O que tenho de ti
Para que não chore
Pelos cantos
Para não recordar
O que já sofri.

Apago
O cheiro
Do teu corpo
Que me fazia transpirar
E o sabor
Dos teus beijos
Com que me fazias voar.

Arranco
Dentro do meu peito
Aquele sentimento fugaz
Que me deixava sem jeito
Que andavas por perto
E que agora não satisfaz.

Queimo
O que resta teu
Do meu corpo e mente
Para que sejas enterrado,
Esquecido, ignorado
De agora ao eternamente
Por mim.

Choro
Para limpar meu coração
E sarar as feridas
Causadas pela desilusão
De amar e não ser amada
Por ter sido, por ti,
Conquistada
E agora não ser opção.

E que no fim
Deste enorme contratempo
Possa ter a vida que quis
Agarrando no que de mim restou,
Nas cinzas
Em que este amor se tornou
E ser ele o adubo
Para voltar a ser feliz.