Ver-te novamente...

Ao observa-la enquanto dormir

Uma lágrima no rosto a escorrer

Por me aperceber o que pedia

Se a viesse a perder.

Por perceber o quanto a andava

E já não lhe dizia

Que o pelo certo, que a tomava

Aos poucos se perdia.

Esqueci do que é lutar por ti

De mostrar quanto me és importante

Do que contigo vivi

Desde o primeiro instante.

Por isso que seja o recomeço

Para te mostrar o que é amar

Se achares que ainda mereço

Ter uma hipótese de o demonstrar.

De te fazer crer

Que tudo é nada sem te ter

E que o meu coração é apenas meu

Se tocar ao mesmo ritmo que o teu.

Tons de cinzento

Um dia de chuva sem parar
Céu com vários tons, mas em cinzento
Faz-me ficar a pensar
No vazio que estou por dentro…
 
A solidão que apareceu
E tornou-se a minha única companhia
Em dias, meses em que o antigo eu, morreu
E com ele a sua alegria.
 
Uma preguiça de lutar
Se sair deste isolamento imposto
De conseguir acreditar
Que terei, um dia, novamente o que gosto.
 
Mas sinto no meu interior
Um frio que me deixa em pedra
E congela assim o amor
Que me tornava no que era.
 
E sou um ser vazio
Sem calor, sem paixão
Como a lua, num dia frio
Sem sol, num dia de verão!

Mais um desafio, desta vez com as palavras: Chuva, Preguiça, Lua e Frio

Obrigado à Catarina pelo ponto de partida

Luz da Alma

Sou um livro aberto
Sem segredos para o mundo
E cada sentimento profundo
É descoberto num segundo
Se alguém se chega perto.
 
Não consigo esconder a verdade
Daquilo que eu sinto
E se por vezes minto
Meu olhar vai-me atraiçoar
E por fim desvendar
Toda a realidade!
 
Uma janela para minha alma
Que não tenho forma de fugir
E com isso acabar por surgir
Quem se queira aproveitar
Mas tenho em quem me apoiar
Para manter a minha calma.
 
E não me deixar levar
Nem por ódio nem por rancor
Não deixar que me provoquem dor
Apenas deixar-me rodear
Quem venha em paz e em amor.
 
Assim, se alguém me atira para a escuridão
Eu sei que outro alguém me dará a mão
E trará de novo para a luz
Pois é a força dentro do meu coração
Que neste momento me conduz!

Desafio proposto com as palavras: Alma, verdade, luz, amor!

Obrigado

Sentia-me perdido...

Sentia-me perdido,
Sem saber que rumo tomar
Até que alguém me estendeu a mão
E tem para sempre minha gratidão
Por, com isso, conseguir mudar.
 
Alguém que já era amigo
E pôs-me no caminho da felicidade
Tirando-me da sombra onde me encontrava
E que sem saber me afundava
Por não perceber a minha realidade.
 
Agora sinto-me leve
Como já não me lembrava de sentir
E isso apenas se deve
Por lutar para uma mudança surgir.
 
Agora sou novamente eu
Acordo com entusiasmo renovado
O ser pessimista renasceu
Num ser com força e revigorado.
 
Agora sinto-me diferente
E agradeço a cada dia
A ajuda desta equipa (que é uma família) altamente
Que fez regressar de novo a alegria.

Desafio proposto por uma amiga partindo das palavras gratidão, felicidade, entusiasmo e leve

Obrigado!

 

Dias de solidão...

 Passaram-se dias
E dias se tornaram semanas
Semanas em meses
Sem nada se alterar
E a minha tormenta a crescer
Por mais nenhum ser ver
Por no silêncio me encontrar
Por num vazio estar a viver.
 
Passaram-se dias
Mas em mim, passou anos
E quebraram-se planos
Do mundo me aproximar
De deixar de me isolar
Para em sociedade conseguir viver
Em vez de na solidão sobreviver…
 
Mas agora encontro-me assim…
Sozinho…
Isolado…
Como um animal abandonado
Sem ter importância para ninguém
Um completo zé ninguém
Que é indiferente a todo o mundo
Que a todo e qualquer segundo
Poderá desaparecer
Sem ninguém se aperceber!

Direcção!

Noites sem dormir
A relembrar o passado
Dos tempos a sorrir
Que tive a teu lado.
 
Mas tudo isso acabou
E parece uma ilusão
Que aos poucos mudou
Os sentimentos no meu coração.
 
Agora luto por mim
Para minha sobrevivência
A sei agora, por fim,
Que estou melhor com tua ausência.
 
Já não sinto esse sufoco
Que me dava esse teu jeito
Como se tivesse apanhado um soco
Bem no meio do meu peito.
 
São lembranças com saudade
Desse nosso grande amor
Que não sobrou nem a amizade
Apenas ódio e rancor.
 
Mas cansei se ser por ti esquecida
Que ter de te dar obediência
Agora sigo de cabeça erguida
Encontrei minha resiliência.
 
Agora nada me deita ao chão
Agora mando eu na minha vida
Sei qual a minha direção

Já não me encontro perdida!