Segue veloz
Como quem corre sem destino
Quem se engana no caminho
Ou quem perde a voz.
Segue, não se sabe para onde
Qual o mal que lhe aflige?
Do quê ou de quem se esconde?
Qual o medo que lhe atinge?
Ninguém poderá dizer,
Pois não pára para falar
Segue em roda viva até parar,
Até ficar sem forças.
E quando isso acontecer
Já ninguém a quererá ver
Pelo desprezo demonstrado
No presente e no passado.
Que lhe levaram à solidão
A um caminho sem razão,
A um caminho de sofrimento
Que a destrói por dentro...