27 de agosto de 2013

Excessos

Tudo em meu redor
Me avisava constantemente
Mas estava preso em mim
Preso na minha mente.

Vivia no meu mundo
Sem me aperceber
Julgando que todos
Só me queria fazer sofrer.

Ignorei tudo
Menos o que pensava
E aos poucos fiquei sozinho
Sem ninguém que amava.

Não preciso de ninguém!
Foi o primeiro pensamento
Mas não me sentia bem
Vazio de qualquer sentimento.

Meu mundo desabava
Não era mais real
E aos poucos acordava
Desta experiência surreal.

Não sei onde estou
O que fiz nos últimos dias
Só me lembro da noitada
Bebidas, drogas e orgias.

Apercebo-me agora
Que por pouco escapei
A uma mistura explosiva
Que eu próprio criei.

Sucumbir ao desespero

Jurei mudar
Seguir os meus instintos
Esquecer os receios
E não andar em rodeios...

Cumpri...
Por breves momentos
Até me deixar
Levar para o passado
E o trabalho efectuado
De novo se evaporar.

Voltei aos velhos tempos
E de novo os sentimentos
De mágoa e de dor
Voltaram ao presente.

Chamaste-me à razão
Não te quis ouvir
E o teu coração
Aos poucos fiz sucumbir.

Controlado pelo medo!

Sinto-me sozinho
No meio da multidão
Abro os olhos e procuro
Mas só vejo escuridão.

Oiço vozes, sorrisos
Mas não consigo encontrar
Fecho os olhos e respiro
Sinto falta de ar...

Desamparado, desmaio
Sem ter tempo de me proteger
Acordo mais tarde
Sem me conseguir mexer...

Sinto-me paralisado
Meu corpo não obedece
Grito por socorro
Mas ninguém aparece.

Atraiçoado pela mente
Sinto pessoas em meu redor
Abro os olhos novamente
Nada vejo, apenas dor...

A dor vai-me consumindo
Sem conseguir controlar
E sinto meu corpo ceder
Meus olhos a chorar.

Não sei que vai acontecer
Não consigo sair daqui
Só quero adormecer
E desejar que seja o fim!