28 de agosto de 2012

Segue veloz
Como quem corre sem destino
Quem se engana no caminho
Ou quem perde a voz.

Segue, não se sabe para onde
Qual o mal que lhe aflige?
Do quê ou de quem se esconde?
Qual o medo que lhe atinge?

Ninguém poderá dizer,
Pois não pára para falar
Segue em roda viva até parar,
Até ficar sem forças.

E quando isso acontecer
Já ninguém a quererá ver
Pelo desprezo demonstrado
No presente e no passado.

Que lhe levaram à solidão
A um caminho sem razão,
A um caminho de sofrimento
Que a destrói por dentro...

27 de agosto de 2012

Mágoa!

Mágoa no peito
Que sangra com a tua ausência
Lembra do tempo
Em que na sua inocência
Te aprendeu a amar
Para depois sofrer...

Como recuperar
De um desgosto assim?
Que tirou parte de mim
E que ainda me faz pensar
Nesse maldito olhar
Que me conquistou por inteiro.

Porque não desapareces,
Tu e a tua sensualidade
Com a mentira, na verdade
Dizendo o que quero ouvir
Mas que eu sei que não o estás a sentir.

Desaparece de dentro de mim,
Deixa-me sarar as feridas
Que pelas experiências vividas
Continuam a sangrar
Mas aos poucos a recuperar
Com a ilusão de já não ser
Um boneco, para teu belo prazer...

23 de agosto de 2012

O Cruzamento!

Estrada despida
Sem ajuda por perto
Um caminho sem vida
Um local deserto.

Passo após passo
Vou seguinte em frente
Já não sei o que faço
Já não comando a mente...

Meu corpo percorre
Esta estrada sem fim
Minha mente escorre
Para fora de mim!

Grita por alguém
Mas não obtém resposta
Não encontra ninguém
Está sozinha, exposta.

Sem saber de onde veio
Nem como surgiu
Num cruzamento, estou no meio
Nesse meio, que é o vazio.

E tenho poder de escolha
Mas escolher para onde?

Não sei por onde seguir
Nem por onde continuar a caminhar
Deixo-me por fim cair
Por aqui vou ficar...

22 de agosto de 2012

Lisboa!

Cidade à beira mar,
De amores não esquecidos
Que faz apaixonar
Até os mais distraídos.

Sua beleza natural
E recantos de história
Têm tesouros sem igual
Cada lugar, uma memória.

Cidade sem dormir
Cheia de gente e de folia
Nas suas ruas a alegria
A cada cruzamento, a surgir.

Bate forte o coração
Ao ver seus monumentos
Cheios de tradição
Desde os Descobrimentos.

E por toda a sua existência
Ela é anualmente visitada
Sendo por todos classificada
Como local de excelência.

Boa para passear,
Pelas vistas para o seu rio
Memórias para guardar
De cada recanto mais sombrio.

Tem muito para desbravar
Basta gostar de aventura
Outro tanto para conhecer
Durante o ano, em qualquer altura.

Serão poucos que possam afirmar
Conhecer bem esta cidade que fascina
Pois tem muito para ver
Esta Lisboa, Esta Menina...

Último Suspiro!

Sem forças para lutar
Sem caminhos a seguir
Ponho-me a pensar
Por onde hei-de ir...

Caminho sem sentido
Esquecendo o passado
Choro pelo tempo perdido
Sem te ter ao meu lado.

Assim vou andando
Até onde? Não sei...
Sonho o que fui vivendo,
Vivo o que nunca sonhei.

E agora escrevendo
O que me vai na alma
Sinto que vai chegando
Ao coração, um pouco de calma.

Solto uma lágrima, por ti
Pelos momentos que não passei
Já não sei o que faço aqui
Esta vida não a desfrutei.

E grito bem alto
No momento em que me atiro
Até chegar ao asfalto
E ter o meu último suspiro.

21 de agosto de 2012

Vidas Esquecidas!

Vidas cinzentas
Sem um pingo de alegria
Que perigos enfrentas
Ao nascer de um novo dia?

Vidas sem cor
Sem vontade de ser vividas
Vidas ser amor
Espalhadas pelas avenidas.

Vidas sem chama
E o aconchego de um lar
O chão é a sua cama
Onde acabam por se deitar.

Uma vida em solidão
Por escolha ou imposto
Que não tem uma simples razão,
Uma idade ou um rosto.

Uma vida em sofrimento
Sem a mínima qualidade
Em que se vive ao momento
Conforme se encara a realidade.

Poucos querem a mudança
Por medo ou habituação
Preferem a vida sem esperança
Que uma nova ilusão.

E pela rua vão vivendo,
Sem uma solução,
Na "casa" que escolheram
Até ao ultimo bater do coração.

20 de agosto de 2012

O amor faz-nos sentir...

Simples sentimento
Que ilumina o dia-a-dia
Enchendo o coração
De uma estranha magia.

Faz-nos levitar
Sentir-nos mais poderosos
Faz-nos acreditar
Que somos mais corajosos.

Nada nos atinge
Nada é impossível
Qualquer meta traçada
Parece ser atingível.

Quando é correspondido
Nada é melhor
Vale a pena ser vivido
Quando é um grande amor.

Mas como todas as rosas
Esta também tem espinhos
Levando a desgostos
Quando se escolhem maus caminhos.

E se bom, é magia
Mau é a escuridão
Pois desfaz-nos em pedaços
O pequeno coração.

Terá que ser cuidado
Se esse amor se quiser ter,
Pois um amor abandonado
O mais certo é morrer.

17 de agosto de 2012

Recomeçar...

Sonho acordado
Perdido no mundo
Por não te ter ao meu lado
Em cada segundo.

Tento te esquecer
Levar a vida em frente
Mas a ideia de te perder
Queima intensamente.

Faz arder meu coração
Que sofre com a tua ausência
Faz aumentar a desilusão
Devido à tua indiferência.

Mas nem assim te esqueço
Nem isso me faz perceber
Que melhor eu mereço
Do que estar sempre a sofrer...

Só quero conseguir
Ultrapassar este momento
Para a vida seguir
Esquecendo este sentimento.

E procurar conquistar
Em mim, toda a confiança
Para poder procurar
Um novo rumo, com confiança.

E quando o encontrar
Estar totalmente preparado
Para poder amar
Quem estiver ao meu lado.

16 de agosto de 2012

Na falésia...

No fundo do mar
Em eterna solidão
Ouvem-se vozes a falar
Em plena discussão.

Conta a história
De um grave acidente
Do qual não há memória
Se existiu realmente.

Um casal de namorados
Entregues ao romantismo
Eternos apaixonados
A partir desse dia...

Numa falésia estacionados
Exprimindo sorrisos de alegria,
Quando foram abalroados
Atirados para o abismo.

A partir desse momento
Pela falésia habitam
Causando tormento
Aos casais que os visitam
Sem amor no coração.

13 de agosto de 2012

Reencontro!

Saudade...
Que me leva a viajar
Por onde? Não sei...
Apenas para chegar
Onde possa encontrar
O que sempre procurei
O teu amor e amizade!

Encontro adiado
Por longos momentos
Impossíveis de suportar
Mas que tive de viver
Para um dia reconhecer
Que vale a pena amar
E partilhar sentimentos
Ao teu lado!

Paixão...
Ternura, amor
Marcados a fogo
No meu peito
Fazem curar meu coração
Por outrora desfeito
Pelo ciume, ódio e rancor.

7 de agosto de 2012

Irei lembrar-te sempre!

Num rasgo do passado
Vem um sentimento de saudade
E faz-me desejar
Que possas regressar
E dar novos momentos de felicidade
Que já não voltam, ao teu lado.

Memórias,
Novamente vividas
Que contam histórias
Nunca esquecidas
Que me fizeram crescer
Sem eu mesmo saber.

No meio deste pensamento
Deste sonho diferente
Revejo-te comigo
Numa partida da minha mente
Onde cada momento
É aproveitado intensamente.

Soltam-se emoções
Feridas voltam a abrir
Por novamente lembrar
O dia que te vi partir
O dia em que nossos corações
Tiveram que se separar.

Estarás sempre presente
Dentro de mim
Num cantinho especial
Que escolhi para ti
E que habitualmente
Habito para te encontrar
E assim poder contigo falar