16 de março de 2015

Negro silêncio

Afundo-me
Num negro silêncio
Que invade a minha alma
E me acalma.

Sombrio
Assim fica o meu olhar
Onde me vejo a pairar
Nalgum pensamento
Em que algum momento
Se tornou vazio.

Adormecido
De calor e paixão
Rasgo a desilusão
De cada sentimento
Que me deixa cinzento
Louco, perdido
Desse amor vivido
Amargo e doentio.

Essa lembrança
Corroí-me a mente
Qual ácido que acende
O pior de mim
E leva-me ao fim
Dos meus piores medos
Que guardo em segredos
Espalhados pelo peito
Entretanto desfeito
Pelo teu sofrimento...

Meu coração apodrecido
Bate lentamente
Relembrando justamente
Como se sente magoado
Por o teres trocado
Abandonado
A um destino cruel.

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