29 de abril de 2015

Casca sem vida!

Persigo uma sombra
Que sem me aperceber
Se alojou no meu peito
E nele começou a "viver".

Alimenta-se dos meus medos
Dos meus recentes receios
E os meus pesadelos
São os seus alegres recreios.

Tento lutar
Fazer frente aos desafios
Mas com medo de falhar
Acabo por tornar mais sombrios
Os recantos do meu ser.

Enegrecendo meu espirito
Vou-me tornando sombrio
Alimentado a ódio e raiva
O buraco criado no meu coração
Agora de pedra,
Negro como carvão,
Onde qualquer amor existente
Foi consumido e apagado para sempre.

Fui-me tornando vazio,
Oco de mim mesmo,
Uma casca sem vida
Que rastejava pelo mundo
À espera da escuridão
Para se sentir vivo
Mais uma vez.

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