Perdido
Sem rumo
Todas as noites me afundo
Em várias drogas
Acompanhadas de borgas
Que me deixam de rastos...
Sem amigos, abandonado
Consumo ecstasy, sou um drogado
E sem ter para onde ir
Só me quero fundir
Com o canto onde me deito
Como eu, desfeito,
Sem hipótese de remendos.
Camisa rasgada
Cada sapato diferente
Calças de gangas rasgadas
Em todo o lado, menos à frente
E um boné sujo
Que aproveito para estender
Para as pessoas que passam
Dêem dinheiro para a droga
E se der, para o comer...
De noite,
Nem ninguém por perto
Escondo-me num canto algures
E choro baixinho
Por ter escolhido este caminho
E ter enterrado meu coração
Substituindo por um preto carvão
Que me alimenta de ódio
E um ruim sentimento
Que a qualquer momento
Me fará parar
Num beco sem respirar.
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