Preso
A correntes invisíveis
Na minha mente
Fico exposto
Com medo no rosto
Por não me conseguir mexer.
Indiferente
Ao perigo eminente
Que se aproxima
Forço a quebrar
O que me está a prender
Sem nunca perceber
Que não me querem forçar
Apenas proteger.
Galopante
Em fúria
Aproxima-se num negrume
Um ódio estampado
Impossível de conter
Promete-se vingar
E para sempre acabar
Que o fez sofrer...
Paralisado
Ao ver o meu destino
Sem poder fugir
Vou-me encolhendo
Sentindo o medo
Apoderar-se de mim
À medida que conto
O passar do tempo
Para o meu fim...
Desesperada
A fúria sente o meu cheiro
Percorre cada beco
Para me encurralar
Mas segue frustrada
Por de forma inesperada
Não me encontrar.
E então liberto-me
Sem perceber o que aconteceu
E de novo sou eu
Sem um pingo de remorsos
Ou de raiva crescente
Vivo de novo intensamente
Como se cada segundo já não fosse meu.
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