19 de dezembro de 2014

Morte do poeta!

Negra foi-se transformando
A minha poesia
Sem um rumo ou direcção
Esfumou-se a inspiração
Num sopro sombrio

A alegria
De escrever do coração
Perdeu-se num dia
Em que a escuridão
Tomou conta de mim
Que ditou o fim.

Coração esse
Que agora é pedra
E teima em se quebrar
Deixando em mil bocados
Os sentimentos passados
E que não hão-de voltar.

A caneta
Já teima em não escrever
Enterrando o pensamento
Que julgava não existir
Quando me queria exprimir
De um qualquer sentimento.

Enterro,
A caneta
O papel
Os versos
Os poemas
Por uns tempos apenas
Com um desgosto
De não poder continuar
A escrever o que sinto

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