Dor
Enegrece o meu coração
Desprovido de paixão.
Aos poucos
Sucumbindo ao ódio
Desprezo o que outrora amei
E entrego-me ao desdém
Por tudo em meu redor.
Renasço
Numa mente sombria
Escondida na escuridão
Alimentando-se da solidão.
Sem amor
Vou destruindo pelo caminho
Tudo o que há de bom
Tornando o negro, o tom
Predominante.
Nessa nova realidade
Vejo no que me transformei
E sem onde me esconder
Enfrento o demónio que criei
Até um dos dois morrer.
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