22 de maio de 2012

Marcas infinitas

Custa-me apagar
As imagens do terror
Que sofri por amor
Sem me importar.

Vezes sem conta percorri
Os corredores do hospital
Para "apagar" o mal
Que às tuas mãos sofri.

Marcas foram ficando
Das noites que de mim lembravas
Quando das bebedeiras chegavas
E vinhas frustrado.

Noites suportei por medo
Sem nunca falar
Até não conseguir suportar
O peso deste segredo.

E fugi do casamento
Mas não consegui esconder
Que o passado me faz sofrer
Quando penso por um momento.

E as marcas do corpo
Foram desaparecendo com o tempo
Apagando com elas o sentimento
Que me ligava a ti.

Mas por muito que tente
Não consigo apagar
As cicatrizes que fizeste criar
No coração e na mente.

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