Mas faço tudo errado
Quando olho à volta
Está tudo terminado.
Afasto quem não quero
Apesar de não me aperceber
E quando dou conta disso
Parece que nada há a fazer.
Sai tudo ao contrário
Mais valia ficar quieto
Deixar de ser pessoa
Para ser um simples objecto.
E assim não decidia
Nem fazia disparates
Deixava de errar
Para fazer parte das artes.
Pois ultimamente
Parece que não sou eu
Já há quem diga
Que o antigo Bruno morreu.
Espero que não tenha acontecido
E que seja tudo passageiro
Pois o Bruno de verdade
Dá-se bem com o mundo inteiro.
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