Não percebo a sensação
De querer estar noutro lado
Em vez de acorrentado
A este vicio sem razão.
Preso a uma rotina
Que me vai destruindo
Aos poucos, silenciosa
Uma morte anunciada
De uma carreira estagnada
À espera de uma mudança.
Enterra-se a esperança
De um novo rumo.
Esbate-se o sussurro
De uma aventura
E levo de novo um murro
No estômago fragilizado
Por novamente ser enganado
Com promessas de algo
Que não se prevê concretizar...
E assim,
Sem dar a devida atenção
Caio numa depressão
Que poderia ser evitada
Que a rotina fosse quebrada.
Um simples gesto
Um percurso diferente
Bastava para enganar a mente
E sair desta teia infernal
Que tornou a minha vida banal
Sem interesse de ser vivida
Vezes e vezes repetida
Diariamente...
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