Parto-me em pedaços
Sem um fio condutor
Perco-me por entre passos
Dados entre a raiva e o amor.
Parto-me aos poucos
Sem ter forma de travar
Estes sentimentos loucos
Que teimam em me tomar...
Tomam de assalto o pensamento
Toldam o bom senso e a razão
Esvaziam a mente de sentimento
Transformam em pedra, meu coração.
Tomam de assalto a vontade
De respirar, de viver
Tirando-me toda a liberdade
De recomeçar, de renascer...
Vou caindo, sem travar
Cada pedaço do meu ser
E vendo o chão se aproximar
Já não me sinto a sofrer.
Vejo a vida a passar
Pelos meus olhos, agora molhados
Não tenho muito porque chorar
Foram anos vazios, mal aproveitados.
Termino em pedaços, sem alma, vazio
Como pelos vistos tenho vivido
Abandonado, à chuva e ao frio
Até que da Terra seja banido!
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