Noites ao relento,
Protegendo-se do frio
É uma sopa quente, que dá alento
A mais um dia vazio.
Casa de mantas e cartão
Numa esquina qualquer
É o canto protegido,
Onde em caso de perigo
Se procura proteger.
Mendiga por um pão,
Algo com que se possa alimentar
E assim sobreviver
A mais um dia abandonado
A uma triste realidade
Que existe mesmo ao nosso lado
Se que seja vista de verdade.
Dias a deambular,
Sem um caminho traçado
Sendo que o destino final
Para mais um dia banal
É o canto gelado,
Irregular, molhado
Onde acaba por se deitar
E dormir "acordado".
Uma vida de solidão
Onde se é olhado com desdém
E um gesto amigo,
Que seria sempre bem vindo
Tarda ou não vem.
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