15 de janeiro de 2015

Ciclo sem fim

Arrasto para o abismo
Meus sentimentos profundos
Desumanos,
Imundos
Que me levam à loucura
Numa demência que perdura
Muito após a morte...

E renasço, 
A cada dia que passa
Numa esperança renovada
De me ter livrado do negrume
Que me preenche a alma.

Mas sinto-me igual,
Negro como carvão
Assim anda o coração
Consumido pelo ódio
Pelo desprezo geral
De uma nação banal
Que não merece nada...

E vou apodrecendo
Neste inesgotável ciclo
De morrer
E renascer
De viver,
Para sofrer
Sem conseguir quebrar
Estas correntes que me prendem
A uma vida sem sentido
Sem um amor
Há muito esquecido.

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