14 de janeiro de 2015

Sonho real

Pesadelos
Inundam meus lençóis de suor
Pelo calafrios
Pela angústia,
Pela dor
Que sinto ao sonhar.

Sonhos doentios
Que não me consigo livrar
Oiço alguém a chorar
A pedir perdão
Para acalmar o coração
De quem lhe quer fazer mal.

Escondido
Tento me aperceber
O que posso fazer
Para libertar
Quem, ao gritar
Enche minha cabeça de ruído.

Fico petrificado
Por verificar que do outro lado
Essa pessoa sou eu
Um eu que morreu
Ou está prestes a morrer
Por alguém que o faz sofrer
E que nunca me entendeu...

Sou eu amarrado
A ser recordado
De todos os males que sofri
Dos horrores que vivi
E aterrorizado aos poucos
Para morrer devagar
Enquanto me vejo sangrar...

Tento acordar
Acabar com este sofrimento atroz
Grito a viva voz
Para me tirarem deste pesadelo.

E acordo de uma vez
Com o corpo marcado
De cicatrizes, de sangue
De ter apanhado
Como forma de lembrar
O que está para chegar
Quando aos sonhos me entregar...

Sem comentários: